Responsabilidades Parentais?

 

- Doutora, ele é completamente egoísta, egocêntrico, bipolar, louco. 

 - Não se preocupe, Clara! Nós, os advogados, já estamos habituados.

 

- Ai, não está não, Doutora! Tome bem nota do que lhe digo.

 

- Bem, resumindo: agora vou enviar-lhe uma carta para ele vir cá a uma reunião.

 

- Hum, tenho cá as minhas dúvidas! – desabafou Clara.

 

 

 

Dia 20.01.20. 

15 horas.

 

Um homem bem posto, boa figura, apresenta-se no escritório dizendo que tem uma reunião agendada com a Dra. Joana Simplício. Maria confirma na agenda e liga internamente para a patroa informando-a daquela presença. Esta manda-o entrar para a sala de reuniões.

 

- Doutora, a nossa reunião vai ser rápida. Já sei o que pretende. A minha resposta é: Não ao divórcio! Não a sair de casa! Não a pensão de alimentos! Não e não!

 





- Boa tarde, antes demais! Já reparou que ao colocar as coisas desta forma só me dá a hipótese da via judicial. Não quer ponderar ser representado por um advogado neste processo? Era o ideal para todos.

 

- Eu sei representar-me bem, não se preocupe. – dito isto, virou as costas e saiu sem dizer palavra.

 

 

Perante tal atitude, Joana decidiu-se por intentar um processo de divórcio, pedindo que a casa de morada de família ficasse entregue, provisoriamente, á sua cliente, até à partilha. Decorrido o cabo das tormentas em tribunal com a postura assumida pelo marido de Clara, o juiz decidiu a favor dela. E ele, por via da força policial, saiu de casa.

 

 

Dia 14.01.21

13 horas

Almoço de aniversário de Dinis, filho de Clara e do ex-marido. Batem à porta. É ele. 

Brutamente empurra a porta e entra. Joana ordena-lhe que saia. Ele recusa, afinal é o aniversário do seu filho e a casa também é sua porque não houve, ainda, partilhas.







 

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