Era uma vez
Era uma vez um País chamado Reino Unido, cujo Governo
era a favor de cisões.
Então os Governantes perguntaram ao povo:
- Vós que sois Europeus, quereis fazer parte da Europa
Unida ou não?
E o povo, dividido, disse:
- Não.
Esta resposta foi apelidada de Brexit (bravata ruptura
elitista, xenófoba, ímpar e torpe).
A maioria deste povo decidiu “auto murar-se”.
Quiça, na senda da decisão, daquele País denominado de
Estados Unidos da América (EUA). Este, vangloria-se
de que irá fazê-lo em relação ao seu vizinho México.
Por mais que leia e reflicta não vejo, nem sinto nada
de União neles.
No Reino Unido são quase tantos os seus cidadãos
que não querem o Brexit como aqueles que o querem.
Nos EUA acontece o mesmo quanto ao muro a construir.
São Países que exibem, orgulhosamente, o verbo unir no
seu nome. Mas, tristemente, praticam a desunião.
Estes (como outros) cercam muros à volta de refugiados
que agoniam de dor, morrem de fome e doença, fugindo da
guerra.
Também os enfiam em prédios que transbordam insegurança
e levam à desgraça.
A amnésia é tramada.
Esqueceram-se da lição do muro de Berlim e da divisão que
este criou entre a Alemanha Ocidental e Oriental.
O cúmulo a que se chegou! Fraccionar em dois o mesmo
País. É que não dividiram apenas terra mas também famílias,
amigos que ficaram anos e anos sem se poder contactar.
Apesar desta fatalidade, em finais do século XX, foram abertas
as primeiras brechas daquele muro, vindo a terminar a separação
forçada entre Alemães.
Quem não se lembra desta lição histórica, não se recorda de
nada.
E este Reino Unido, manifestamente, esqueceu-se.
Assim, como os actuais EUA.
Como tantos outros, infelizmente.
Eu não tenho vergonha de lhes apontar o dedo dizendo:
-Shame on you ( and you, you,...).
Autora: Lurdes Mesquita Babo
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