Matar Saudades!

Digo-vos, aquela viagem que fiz nacela foi uma atuada! 
Verdade que não sabia o que me esperava de tão error que esta era. Confesso tê-la feito imbuída de algum temor. Mas a curiosidade baixara em mim. E o meu pensamento que não sossegava com as dúvidas que eu lhe colocava!
 O que me esperaria? Aravia seria o que lá se falaria? Aí chegada, sentir-me-ia acobilhada? Conseguiria eu acalmar tamanha nostalgia? Será que os reveria? Era tudo o que eu tanto queria! Ocasião em que os meus olhos virariam maresia.
Nacela tocou o manto celestial e parou. Naquele momento toda eu tremia. Abriu-se a porta e, pé ante pé, saí para o desconhecido. O meu coração padeceu de arritmia, logo seguido de acalmia.
Que visão! 
Que alquimia!
Há quanto tempo não os via! Estão iguais! Saudosos também. Não cabem em si de tanto contentamento.
As minhas avós curiosas querem novas. Eu tranquilizo-as e argumento:só quero abraços e beijos. Só quero parar o tempo! Como elas saboreiam tal arrebatamento!
            Os meus avôs à espera de ganharem assento. Ainda bem que parei o tempo. 
Atrás deles, o meu tio, atento e intrigado com aquele acoplamento. É a vida moderna e os seus acrescentos. Pergunta-me pelos meus rebentos. Estão bem, não se apoquente. Vamos mas é aproveitar o momento!
É tanto o amor que por todos alimento! 
           Quis saber como era a vida lá. Todos me disseram estar bem e felizes. 
A minha avó paterna de mão dada com a minha prima. Meu Deus, como continua linda!
Foram chamar os amigos. 
Fiquei toda amachucada de tanto ser beijada e abraçada.
Hora de nova despedida. Desta vez sem choro, nem gritos. 
Agora que os revi e bem os vi, o meu coração já não está aflito.
Adeus! 
Até breve.
Foi tão bonito!

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