Amor

 - Que procuras? – perguntou João.

- A tua mão Amor, não consigo dormir. - respondeu-lhe a mulher.

- A partir de amanhã dar-te-ei a mão todas as noites ao adormecer – disse-lhe ele.

- Que bom! – suspirou ela.

- Vá, agora descansa. Eu estou aqui. – respondeu-lhe o marido, apertando-lhe vigorosamente a mão.

 

 

 

Amor, a tua mão 

    planta sorrisos anímicos no meu coração. 

Amor, a tua mão

                              apazigua a fera imaterial que vive em mim.

Amor, a tua mão 

                             domina este verme sedutor que habita no meu peito.

Amor, a tua mão 

                             controla esta besta mental que me paralisa.

 

 

 

- Que tens Amor? – perguntou-lhe o marido.

- Abraça-me. Tenho medo. – disse-lhe Maria.

- A partir de agora sempre que chegares irei abraçar-te – respondeu-lhe, apertando-a contra si com força.

 

 

 

Amor, o teu abraço 

      acalma os demónios que moram em mim. 

Amor, o teu abraço

                              doma o medo que me controla.

Amor, o teu abraço 

      é a chave que me abre a porta para a rua da felicidade.

Amor, o teu abraço 

                                é a ausência que me faz falta em tempos de quarentena.

 

 

 

- Que foi Amor? – quis saber João.

- Tenho saudades tuas. Beija-me, Amor. – pediu-lhe a mulher com carinho sedutor.

- A partir de agora vou encher-te de beijos todos os dias. - prometeu-lhe o marido.  

 

 

 

Amor, o teu beijo 

   é a queima de calorias por que tanto ansio.

Amor, o teu beijo

   é a minha aula de química preferida.

Amor, o teu beijo 

   é chuva molhada em dia de inverno.

Amor, o teu beijo 

   é o trago de confiança que ingiro.

 

 

 

Amor, a tua mão 

                             é o analgésico para a minha dor.

Amor, o teu abraço  

   é o antidepressivo para a minha doença.

Amor, o teu beijo

                           é o anticorpo que me reforça o sistema imunitário.

 

 

 

Amor, como é bom amar-te!