Aprendizagem da Felicidade
Era sábado à tarde, igual a tantos outros, monótono. Sozinha, Laura, decidiu-se por uma ida ao ginásio. Fazia alguma coisa de útil ao físico e à cabeça. Quando saiu o dia sorriu-lhe.
Chegada a casa, atirou-se para o sofá, enquanto a sua mente dava voltas para encontrar o seu próximo roteiro. Eis quando o seu telemóvel tocou. Era a sua irmã. Queria que lhe tomasse conta dos filhos.
A primeira a chegar a sua casa foi a Maria. Falava com tamanho entusiasmo do meeting dessa tarde. Tendo-lhe perguntado:
- Tia, tu também gostavas de ir?
- Claro, querida. Mas a tia não tem tempo.
- Só precisas de um pouquinho. Não vês? Já fui, estive com as minhas amigas e agora já estou contigo.
A tia perguntou-lhe se não tinha TPC’s. Sim, tinha que escolher um poema que iria interpretar na próxima aula de português. Lançaram-se as duas nessa tarefa. Quem as visse não deixaria de notar a sua cumplicidade e a felicidade com que trabalhavam em equipa. Certamente, Maria, teria sucesso na sua apresentação.
Laura decidiu ligar à mãe que estava doente. Desejava que melhorasse ouvindo a doce voz de Maria. Quando desligou a chamada, Maria, disse-lhe:
- Tia, a Avó tem uma voz tão fofinha!
- Tem, querida. A Avó é muito fofinha como tu.
- Obrigada, Tia.
No fim do jantar, um hambúrguer pescado no McDonal’s, Maria, desabafou:
- Tia, estou tão feliz, hoje o dia correu-me mesmo bem.
- Que bom, Amor. Tudo o que a tia quer é que sejas feliz.
João chegou. Teve direito a nova pescaria e feliz ficou também.
Laura deu por si a pensar como as crianças têm o condão de tornar a vida tão mais simples. Para elas, a felicidade reside na simplicidade das coisas, sendo apenas o somatório de pequenos e bons momentos.
-Tenho tanto para a aprender.- desabafou Laura.
Comentários
Enviar um comentário