Vamos?

Tenho de ir.

Matar a sede de mundo.

Vem comigo.

Tenho fome de ti.

Tenho de ir.

Vem comigo dançar sob chuva de estrelas

e contemplar o firmamento branco e dourado.

Tenho de ir.

Vem comigo banhar-te no oceano multicolor

e perder-te entre corais.

Tenho de ir.

Vem comigo andar de canoa no manguezal

e namorar cavalos-marinhos. 

Tenho de ir.

Vem comigo dourar-te nas dunas do deserto

e passear os camelos. 

Tenho de ir.

Vem comigo mergulhar nas piscinas naturais 

e admirar a beleza das lagoas.

Tenho de ir. 

Vem comigo caminhar em Badaling,

e sentir-te formiga na Muralha. 

Tenho de ir.

Vem comigo nadar com os tubarões-baleia

e escalar vulcões.

Tenho de ir.

Vem comigo montar elefantes 

numa praia paradisíaca. 

Tenho de ir.

Vem comigo embrulhar-te de paz 

no Palácio de Verão.

Tenho de ir.

Vem comigo ser imortal 

na Ilha de Icária.

Tenho de ir.

Vem comigo dormir num yurt da Mongólia

e prosear com um pastor nómada.

Tive de ir.

Vieste comigo,

mas ainda estou sedento do universo,

ébrio de ti.

Há tanto mundo para explorar.

Tanta sede de ti ainda por matar. 

Por isso, vem comigo, 

quando eu disser: tenho de ir.