Perto ou Longe?
Dizem que é perto.
Esquecem-se que também o perto se faz longe.
Esquecem-se que o nosso coração não quer saber de distâncias.
Esquecem-se que ele quer mais é o aconchego dos que mais
amamos.
E neste aconchego, quanto mais perto, melhor. Pelo menos, para
alguns.
A distância não traz só a separação, não!
A distância esfria mesmo os sentimentos.
Quem não o sabe?
Quem já não o confirmou?
Mas sobretudo, quem não o sente tão dolorosamente?
Principalmente aqueles que foram tórridos, de tanto que se
amavam, de tão juntos que estavam, do tanto que vivenciaram.
Dizem que quem afirma tal, não sabe partilhar amor.
Pura ilusão.
Não se trata de partilha, não.
Antes fosse.
Este – como outros – corações não conseguem parar de
sangrar de saudades provocadas pelas distância e preocupação.
E os que ousam opinar, irritantemente, são os que nunca
conheceram o calor de tais relações e a vivência feliz delas.
Ou, então, são os que fazem de conta que quem assim se sente
está errado.
Esses são os politicamente corretos. Aqueles que dizem aos
outros o que eles querem ouvir.
Ou, então, os que se olvidam de tudo isto e se refugiam na
desculpa de falta orgulho.
Orgulho é o que nunca faltou, nem falta, nem faltará.
Orgulho nada tem a ver com os sentimentos que a distância nos
provoca.
O coração é nosso.
O passado foi nosso, fomos nós que o vivemos e sentimos.
Por isso, não se pronunciem sobre o que desconhecem.
Não julguem sobre o que não sabem.
Basta.
Parem.
A distância, quase sempre, cria um enorme espaço que se enche... De nada.
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